terça-feira, 5 de junho de 2012

Questões de filosofia


CAPÍTULO I
Ignorância e Sociedade
Andrezza M., Celi R., Gabriela M., Isabela

1)     Que é ignorância?
Ignorância é não saber de alguma coisa, ela pode ser tão profunda que nem sequer a percebemos, ou seja, achamos que sabemos, mas realmente não sabemos e nem duvidamos que não sabemos.

2)     Qual a diferença entre ignorância e incerteza?
Ignorância é não saber de algo e, na incerteza descobrimos que somos ignorantes e quem nossas crenças e opiniões não dão conta da realidade, e quando a ignorância e as dúvidas tomam conta descobrimos que aquilo que sempre acreditamos não nos serve mais.

3)     Por que a dúvida, a decepção e o espanto podem despertar o desejo da verdade?
Porque a partir do momento que temos uma dúvida, ou uma decepção ou um espanto passamos a não saber mais o que pensar, e aí saímos em busca da verdade, saímos do estado de encantamento para ir em busca da verdade.

4)     Por que em nossa sociedade é difícil despertar o desejo da verdade?
Porque com a demasia de informações, a rotina e as regras impostas pela sociedade nos sentimos seguros e confiantes, achando que o que nos dizem e impõem é a verdade. Mas somente buscamos a verdade quando temos incerteza ou estamos inseguros.

5)     Como funciona a propaganda?
A propaganda nunca vende um produto dizendo o que ele é e para que ele serve. Ela vende uma imagem que é transmitida por meio de um produto, fazendo com que determinado objeto se torne o melhor e o essencial para nossas vidas.

6)     Que significa dizer que o desejo, da verdade pode ser despertado pelos próprios obstáculos à verdade citados por nossa sociedade?
Significa dizer que quando encontramos obstáculos ou dificuldades e não acreditamos mais no que vemos e no que ouvimos, buscamos através destes obstáculos chegar a verdade.

7)     Quais são os dois tipos de busca da verdade?
O primeiro tipo de busca da verdade é o que nasce da decepção da incerteza e da insegurança e, por si mesmo, exige que saiamos de tal situação readquirindo certezas.
O segundo é o que nasce da deliberação ou decisão de não aceitar as certezas e as crenças estabelecidas, de ir além delas e de encontrar explicações, interpretações e significados para a realidade que nos cerca. É a busca da verdade na atitude filosófica.

8)     O que é a “dúvida metódica” de Descartes?
Para Descartes a dúvida metódica é quando temos dúvidas e incertezas do que aprendemos, então passamos a elaborar um exame critico dos conhecimentos.

9)     O que é o “argumento do sonho” de Descartes?
O argumento dos sonhos para Descartes é que quando sonhamos estamos convencidos que o sonho é realidade e não sabemos distinguir realmente o sonho da verdade, por isso não podemos afirmar que o mundo não é um sonho.

10)  Qual a primeira verdade indubitável encontrada por Descartes? Explique como ele chegou a ela.
A primeira verdade indubitável encontrada por Descartes é: “EU PENSO”. Ele chegou a ela pelo seguinte raciocínio: eu penso, pois, se duvidar de que estou pensando, ainda estou pensando, visto que duvidar é uma maneira de pensar.

CAPÍTULO II
Buscando a Verdade
Eduarda, Ericson, Gustavo, Lucas D., Sabrina

1.  O que é o dogmatismo?
            Dogmatismo é uma atitude natural e espontânea que temos desde muito crianças. É a nossa crença que o mundo existe e é exatamente como o percebemos. Somos seres práticos e nos relacionamos com a realidade. Ex: Ciclo da vida -> Nascer, Crescer, Trabalhar para sobreviver, Casar, Ter filhos e Morrer.

            2. O que é atitude dogmática? Por que é conservadora?
            São atitudes normais que aceitamos sem nenhum problema, porque tomamos o mundo como já dado, já feito, já pensado. Mesmo quando descobrimos coisas novas já diferentes do que havíamos suposto isso não abala nossa confiança na realidade. É conservadora por que se coloca como critério de verdade.

3.      Como se rompe a atitude dogmática?
            A atitude dogmática se rompe quando somos capazes de uma atitude de estranhamento diante das coisas que nos pareciam familiares. Que seja toda atitude fora do padrão, dos critérios da sociedade é considerável atitude de estranhamento, e só vai ser considerado normal quando a sociedade começar aceitar.

4.             Dê um exemplo (tirando de sua vida pessoal, da literatura ou cinema) de estranhamento diante de alguma coisa ou algum fato que pareciam simples e naturais.
            Exemplo: um professor colocar os pés em cima da mesa na sala de aula, é uma atitude de estranhamento diante de um fato que pode ser simples se encarado como natural.
5.      Que dúvidas e perplexidades a linguagem provoca em nós? Dê exemplos.
            As dúvidas pode ser nosso sentimento, e que a gente vai pensar, e se realmente aquilo é verdade.
Ex: Poesia, Música, Cinema.
CAPÍTULO III
As concepções da verdade
 Alexsandro, Felipe S, Fernando, Kelvim e Paulo

1. O que é a verdade como alétheia?
A verdade na concepção linguística grega, é a verdade no sentido factual e concreto da palavra, é a verdade evidente pela contemplação, é a realidade tornada como verdade totalmente visível e constatável. Estabelece-se em dicotomia de oposição de valor ao falso, aparente (pseudos).

2. O que é a verdade como veritas?
A verdade na concepção linguística do latim (romana) refere-se é a verdade no tom de veracidade constatado em relato ou enunciado, relato constituído dos pormenores da exatidão. Sua dicotomia é composta no valor oposto do que chamamos atualmente de mentira.

3. O que é a verdade como emunah?
   A verdade na concepção lingüística hebraica é baseada na esperança do cumprimento de um trato de fidelidade, a própria confiança em síntese (no humano e no divino). A verdade se traduz na crença e na expectativa hipotética ao invés da apreciação como fato incontestável ou relato verídico. A infidelidade seria expressão máxima de oposição.

4. Qual a marca do conhecimento verdadeiro na alétheia? Que é adequação?
Na alétheia considera-se que a verdade está nas próprias coisas, na realidade o conhecimento verdadeiro é apreensão intelectual e racional dessa verdade. A marca do conhecimento verdadeiro é a evidência, uma abstração do fato real ao nosso intelecto através da racionalidade. Adequação seria o critério de verdade como evidência e correspondência da coisa (as idéias correspondem efetivamente as coisas e as coisas ao intelecto).

5. Qual é a marca do conhecimento verdadeiro na veritas? Que é veracidade?
Quando predomina a veritas, considera-se que a verdade depende do rigor e da precisão no uso de regras de linguagem, que devem corresponder ao fato relatado. A veracidade esta na correspondência da linguagem a realidade do relato, um argumento bem constituído.

6. Qual a marca do conhecimento verdadeiro na emunah?
A emunah considera que a verdade depende de um acordo ou de um pacto confiança entre os pesquisadores que definem um conjunto de convenções universais sobre o conhecimento verdadeiro que devem ser respeitadas por todos.

7. Explique por que nossa concepção da verdade é uma síntese da alétheia, da veritas e da emunah.
A nossa concepção de verdade é uma síntese das três fontes, por isso se refere-se a percepção das coisas reais (como na aletheia), a linguagem que relata fatos passados (como na veritas)  e a expectativa de coisas futuras (como na emunah). A nossa concepção de verdade abrange o que é, o que foi e o que será.

8. Quais os princípios em que se funda a ideia de consenso?
O consenso se estabelece baseado em três princípios, que serão respeitados por todos:
1. Somos seres racionais e nosso pensamento obedece aos quatro princípios da razão;
2. Somos seres dotados de linguagem e que ela funciona segundo regras lógicas convencionadas e aceitas por uma comunidade;
3. Os resultados de uma investigação devem ser submetidos à discussão e avaliação pelos membros da comunidade de investigadores que lhe atribuirão ou não valor de verdade.
Existe uma quarta teoria de verdade baseada na teoria pragmática (pragma = ação) que coloca que um conhecimento é verdadeiro quando tem resultado prático, a marca do verdadeiro é a verificabilidade dos resultados e a eficácia de sua aplicação.

9. Como a teoria pragmática concebe a verdade?
A teoria pragmática é o bastião do conhecimento científico contemporâneo válido, pois determina fins práticos e úteis para a verdade nele presente. Está próxima ideia grega de verdade na correspondência entre a ideia e a coisa, mas se fundamenta pela comprovação através de resultados eficazes. É portanto, mais factível em relação ao consenso e à coerência.

10. Apresente as semelhanças e diferenças entre as quatro concepções de verdade.
O que fundamentalmente difere o caráter das duas da concepção pragmática e da concepção grega para a latina e a consensual é a abordagem, enquanto que as primeiras lidam com fatos (fato puro no caso da grega e seu valor de correspondência e o resultado efetivo concreto como falso ou verdadeiro no valor da pragmática) as outras duas lidam com questões de discurso em uma relação da lógica com a comunicação para validar através do pensamento não baseado em experiências o que é a verdade. Tanto a coerência como a como o consenso se baseiam na lógica, se separam, no entanto no fator social do consenso para a sociedade hebraica, uma vez que se respaldam na necessidade de cooperação entre os indivíduos e na fidelidade como crença na verdade.
                                                          
Israel; João Victor; Lucas Z; Pedro H.
11. Como os filósofos gregos explicavam o erro e a falsidade?
A resposta é dupla:
1. O erro falso e mentira se referem à aparência das coisas ou dos seres quando não conseguimos alcançar a essência da realidade, são um defeito ou uma falha de nossa de nossa percepção sensorial ou intelectual.
2. O erro e a falsidade existem quando dizemos de algum ser aquilo que ele não é, quando atribuímos qualidades que ele não tem. O falso e a mentira se alojam na linguagem, quando fazemos afirmações que não correspondem a realidade.

12.  Qual a diferença entre opinião e verdade? E entre aparência e essência?
Opinião é algo individual, um ser, de acordo com sua vivência, vê o mundo de maneiras diferentes. Já a verdade, como o proposto, está acima da opinião. É algo único, está além de qualquer coisa.
A aparência é o que vemos. Nossa visão do mundo muda com o tempo, por tanto ela nunca é total. Já a essência, que abrange tudo.
Para Platão: Aparência: Aquilo que se mostra, que é mutável;
Essência: Aquilo que é, as formas imutável.

13. Com relação ao conhecimento sensível, qual a diferença entre, de um lado, as posições de Sócrates, Platão e Descartes, e, de outro lado, a de Aristótoles?
As nossas sensações ou impressões sensoriais variam conforme o estado do nosso corpo, as disposições de nosso espírito e as condições em que as coisas aparecem pelo mesmo motivo ou abandona as ideias formadas com base nas nossas sensações é o que dizem Sócrates, Platão e Descartes, ou então, encontrar aqueles aspectos da experiência sensorial que são necessários e universais e por isso capazes de perceber em parte algo da essência real das coisas é o que diz Aristóteles.

14.  Como são concebidos o erro e a falsidade na concepção de verdade como veritas?
A teoria da verdade deve ser tal que admita o seu contrário, a falsidade. Alguns filósofos, e não poucos deixaram de satisfazer adequadamente a esta primeira condição: construíram teorias segundo as quais todo o nosso pensar deveria ser verídico, o que os pôs nas maiores dificuldades para arranjar um lugar para a falsidade.

15. Por que na concepção de verdade como veritas a vontade é um elemento importante para entendermos o erro, o falso e o verdadeiro? Que diz o cristianismo a esse respeito.
O que diz o cristianismo: Muitos por meio do relativismo, tem nos dias atuais, procurado enfraquecer esta palavra, ou mesmo desmerecer a Santa Igreja a qual segundo a Bíblia é a coluna e firmeza da verdade, logo, se esta coluna vier a se abalar onde a verdade poderá se sustentar e se firmar? No meio cientifico abalam por meio de dúvidas as convicções, e por meio de escândalos põem em dúvidas as afirmações da santa palavra de Deus.

16. Qual a exigência feita pelo grande racionalismo do século XVII quanto ao ponto de partida da filosofia?
Eles introduziram a exigência de começar a Filosofia pelo exame de nossa consciência – vontade, intelecto, imaginação e memória, para saber o que podemos conhecer realmente e quais os auxílios que devem ser oferecidos ao nosso intelecto para que controle e domine nossa vontade e a submeta ao verdadeiro.

17. Quais os principais pontos da concepção da verdade no grande Racionalismo do XVII?
Os filósofos modernos afirmam que é preciso começar liberando o nosso espírito ou nossa consciência dos pré-conceitos, dos dogmatismos da opinião e da experiência: - a verdade é conhecida por evidência; a verdade se exprime no juízo, que deve estar em conformidade com as coisas ou com os fatos; - do mesmo jeito que afirmamos algo que é falso e a mentira, que não esta em conformidade; - as causas dos erros são as opiniões e enganos na formulação de juízos; - para outros as causas do erro e da mentira se encontram na vontade, como afirma o cristianismo;  - o pensamento tem uma capacidade própria para chegar ao conhecimento verdadeiro.

18.  O que é juízo analítico? E sintético?
Juízo analítico é aquele que fala do predicado de um enunciado e que nada mais é, do que a explicitação contida no conteúdo do sujeito do enunciado. Ex; o triângulo é uma figura de três lados.
E no juízo sintético, o predicado oferece informações sobre o sujeito, este juízo é ampliativo, pois diferente de analítico ele é o único que aumenta o nosso conhecimento. Ex. o calor causa a dilatação dos corpos, isso não esta contido no sujeito “calor”, mas traz uma nova informação sobre o corpo.

19.  O que é juízo sintético a priori?
O juízo sintético foi o segundo juízo criado na teoria de Kant, baseada no criticismo. Consistia em ampliar o conhecimento; era um juízo extensivo. Exemplos: Todo homem é moral; Todo homem é racional; 7 + 5 = 12.
A priori (do latim, « partindo daquilo que vem antes »), é uma expressão filosófica que designa uma etapa para se chegar ao conhecimento, que consiste no pensamento dedutivo. Mais especificamente, o conhecimento proposicional não pode ser adquirido através da percepção, introspecção, memória ou testemunho. É, assim, uma anterioridade lógica e não cronológica que é designada na noção "a priori". O conhecimento a priori se complementa com o conhecimento a posteriori, aquele que se adquire com a experiência.

20. O que é a verdade da filosofia idealista de Kant e Husserl?
Kant a verdade é a captação e intelecção de fenômenos externos a partir de um uso de nossas faculdades a priori de modo correto, respeitando seus limites e possibilidades para interpretar o mundo.
Husserl a verdade então é a descoberta da essência que estes fenômenos encerram, sendo externos e como tais, sendo puramente mentais e entendidos como tais e etc.

Carlos E. R., Felipe G., Eduardo C.
21. Para Kant e Husserl o erro se encontra no Realismo. Explique
Para Kant e Husserl o erro e a falsidade se encontram no realismo, isto é, na suposição de que os conceitos ou as significações se refiram a uma realidade em si, independente do sujeito do conhecimento. Esse erro e essa falsidade Kant chamou de dogmatismo e Husserl, de atitude natural, ou tese natural do mundo.

22. Como a filosofia analítica concebe a linguagem?
A filosofia analítica dedicou-se prioritariamente aos estudos da linguagem e da lógica e por isso citou a verdade como um fato ou acontecimento linguístico e lógico, isto é, como um fato da linguagem.

23. Qual foi a primeira concepção de verdade na filosofia analítica?
Na primeira os filósofos consideravam que a linguagem produz enunciados sobre as coisas – há os enunciados do senso comum ou da vida cotidiana, e os enunciados lógicos formulados pela ciência. A pretensão da linguagem nos dois casos, seria a de produzir enunciados em conformidade com a própria realidade, de modo que a verdade seria tal conformidade ou correspondência entre os enunciados e os fatos e coisas.

24. O quê a filosofia analítica entende pela verdade coerência?
Entende como algo puramente linguístico e lógico, isto é, a verdade é a coerência interna de uma linguagem que oferece axiomas, postulados e regras para os enunciados e que é verdadeira ou falsa conforme respeite ou desrespeite as normas do seu próprio funcionamento.

25. Explique brevemente a concepção pragmática da verdade.
            Há filósofos que consideram a teoria da filosofia analítica sobre a verdade como teórica e insuficiente para chegar a verdade de um fato ou de uma idéia. Pois, não pensam nas mudanças históricas do conceito e acabam julgando que a verdade não existe ou é inalcansável pelos seres humanos. Para eles o empirismo que está correto ao considerar que a verdade de fato é obtida por indução e experimentação. E, que um conhecimento é verdadeiro não só quando explica alguma coisa ou fato, mas sobretudo quando permite obter conseqüências práticas e aplicáveis.

26.  Explique brevemente as mudanças da concepção da verdade em decorrência de mudanças sociais e históricas.
As concepções históricas e as transformações internas ao conhecimento mostram que as várias concepções da verdade não são arbitrárias nem casuais ou acidentais, mas possuem causas e motivos que as explicam, e que a cada formação social e a cada mudança interna do conhecimento surge a exigência de reformular a concepção da verdade para que o saber possa realizar-se.

27. Explique brevemente as mudanças da concepção da verdade em decorrência de mudanças internas na filosofia.
A concepção da verdade como coerência interna e lógica das ideias ou dos conceitos liga-se à concepção idealista da razão e do conhecimento, isto é, à prioridade do sujeito do conhecimento ou do pensamento sobre o objeto a ser conhecido.

11 comentários: